Quer ler sobre o quê?

quinta-feira, 31 de março de 2011

Vivendo e aprendendo, no cinema, sobre sexo.


Toda quarta é dia de futebol para os meninos e risada boa para as meninas. A maioria das minhas amigas de infância já está casada ou está em processo de,  mas desde a época de namoro ficou estipulado que nas quartas-feiras os respectivos iriam ver ou jogar seu futebol onde bem entendessem e nós faríamos o que quiséssemos. Normalmente nós passamos a noite toda na casa de alguém falando bobagem, bebendo e dando risada. Nessas ocasiões o único homem com autorização para participar é o nosso amado José Cuervo! Acho que por isso o Pablo, noivo da minha amiga Carla, apelidou carinhosamente nossas reuniões semanais de “O encontro das doidas”.

Ontem nós queríamos fazer uma coisa diferente (eu estou mega gripada e não posso beber), então fomos ao cinema assistir Passe Livre. O filme não é lá essas coisas, mas nós demos umas boas risadas. Primeiro porque apareceu um negão com um pipi tão grande e tão torto que parecia mais um anzol de baleia (se é que isso existe) e um outro carinha com um pipi menor que meu mindinho do pé. É meio bizarro pensar que existem essas anomalias pintísticas, mas sempre rende umas lágrimas nos olhos de tanto dar risada. Principalmente se você tem uma amiga como a Bianca que fica interpretando como seria ir para cama com uns caras como esses.

Depois dessa cena (que é uma forçada de barra para garantir a comédia do filme) o que nos divertiu mesmo foi descobrir que existe “chupada falsa”. Foi mais engraçado porque tinham umas senhoras atrás da gente que davam gargalhadas como se já tivessem passado por isso. Eu e as meninas começamos rir imaginando as pobres coitadas sendo enganadas por seus maridos. Como é que alguém não percebe a diferença entre um dedo e uma língua? Aliás, será que existe mesmo homem que finge uma “chupada”? Será que agora eu vou ter que ficar conferindo o que o cara está fazendo no melhor do sexo? Aff, homem não vale nada mesmo, mente até na hora H.

Para piorar a situação a gente ainda descobriu que também existe o “boquete falso”. Sério. Não vou comentar sobre como se faz porque vai que alguém ainda vai assistir ao filme. Eu não quero ser spoil. Só sei que nos sentimos muito ignorantes, sexualmente falando. O filme causou uma crise existencial na gente. Passamos o dia todo procurando cursos de pompoarismo, streap tease, e acabamos descobrindo que existe curso de FANTASIAS ORAIS.

A cada dia que passa eu descubro que tenho mesmo muito o que aprender antes dos trinta. Acho que vou começar por esses assuntos aí.

quarta-feira, 30 de março de 2011

E no twitter!

Enquanto isso, no twitter, Carol e Paulinho são autores do melhor diálogo do dia.

Ela: O filme da puta chega a 2 milhões de espectadores. No reality show, outra puta ganha R$ 1 milhão e meio. Ô paisinho pra gostar de puta!

Ele: Tem que gostar, né? afinal, são os filhos delas que nos governam.

É minha gente...Isso é Brasil...Um país que tem o DEPUTADO FEDERAL Tiririca como "herói" de jogo de facebook.

Será que teremos salvação, ou o fim dos tempos está realmente próximo? Como se diz no microblog #2012feelings.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Brunas Surfistinhas...Depois reclamam

Assisti finalmente ao filme Bruna Surfistinha. Já estava curiosa por causa de tanto bafafá, mas tinha um pouco de receio do que poderia encontrar na telona do cinema. Como leitora do livro O Doce Veneno do Escorpião tinha (ou melhor, ainda tenho) a preocupação de que uma garota de programa virasse exemplo para as adolescentes do Brasil.

Bruna, ou melhor, Raquel não passa de uma adolescente mimada e ingrata que não soube lidar com os “nãos” que precisamos receber na vida para crescer. Seus pais adotivos lhe deram do bom e do melhor e ela não soube retribuir isso. Eu tenho um sério problema com pessoas que se fazem de vítimas, e, para mim, é exatamente isso que ela faz (ou fez).

Quem lê o livro (ou teve a oportunidade de ler o blog) percebe que Raquel gostava da coisa e resolveu unir o útil ao agradável e ainda deu uma baita sorte de brasileiro adorar ler sacanagem na internet. Quer coisa melhor que um blog de uma garota de programa contando seu dia-a-dia de labuta? É melhor do que filme pornô. O que os olhos não vêem o cérebro imagina, e não existe nada melhor para a mente humana que um relato real. Ali não tinha script, não tinha ensaio, não tinha artificialidade. O que Bruna Surfistinha escrevia era real. E ela, na grande maioria das vezes, gostava.

No filme o diretor tentou, e espero que tenha conseguido, desglamurizar a prostituição. Eu sai do cinema com repulsa de sexo. Cada novo homem que contratava os serviços de Bruna me fazia pensar o que leva alguém a escolher esse caminho na vida por livre e espontânea vontade. Fiz as contas e descobri (pelos valores informados) que a Raquel, uma menina que teve a oportunidade de ter uma vida muito boa com a família que lhe adotou, fez nada mais nada menos que 2,5 programas por dia em 3 anos. Isso se a gente considerar que ela trabalhava de segunda a segunda sem férias, feriados e dias santos. Tudo isso para quê?

Mesmo com todas as entrevistas que ela dá eu não consigo entender os motivos que a fizeram seguir esse caminho. Consigo compreender, apesar de me indignar, que crianças de zonas muito pobres se protituam por pratos de comida. É revoltante, mas elas foram jogadas nessa vida sem escolha e sem oportunidades. Mas a tal da Raquel, que virou Bruna, tinha mil opções e escolheu a pior.

A Débora Secco teve uma atuação muito boa e mostrou que a pessoa chega ao fundo do poço quando entra nessa. Mesmo assim, ainda acho perigoso esse estardalhaço da mídia em torno de uma menina que virou prostituta sem ter porquê. Depois ainda querem criticar as universitárias que seguem esse caminho...Elas estão apenas imitando a arte (?). Triste, mas o cinema brasileiro precisa começar a valorizar pessoas que tenham conteúdo de verdade. Algo para acrescentar nas nossas vidas sabe?

Tuitteiros de Brasília dão um show de solidariedade

Ontem aconteceu um dos eventos mais legais do ano aqui em Brasília. Quem passou pelo Terraço Shopping o teve a oportunidade de participar do maior festival do mundo ligado ao twitter, o Twestival, e ainda ajudar o Comitê de Democratização da Informática (CDI), ong de inclusão digital. Aliás, vale ressaltar que o evento arrecadou nada mais nada menos que R$ 62.700,00 . Essa grana vai garantir o funcionamento de seis unidades do CDI por um ano!

O festival aconteceu ao mesmo tempo em mais de 150 cidades do mundo e aqui em Brasília podemos dizer que a organização foi impecável. Todas as palestras aconteceram pontualmente e os assuntos deixaram vontade de aprender cada vez mais sobre esse mundo louco e fascinante das redes sociais.

Mas para mim, o melhor do evento não foram ou lougens maravilhosos dos patrocinadores e apoiadores do evento, nem o desfile de aparelhos eletrônicos conectados ao twitter e bombando a timeline das pessoas que não puderam participar pessoalmente do Twestival. O melhor do festival tuístico foi Brasília ter mostrado que arrobas unidas podem sim fazer a diferença. Mostramos ao mundo que esse universo de 140 caracteres pode transformar nossa realidade não-virtual. Ano que vem tem mais twestival, e eu estarei lá, lutando por esse sonho de um mundo de igualdade para todos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Um filme e muitas lágrimas



Ontem sai com o Bruno, aquele gatinho da minha época de escola. Eu realmente adoraria estar aqui hoje dizendo que resisti bravamente à todas as investidas dele e que dei um fora na minha paixão de adolescência. Mas não foi bem assim. Eu não fiquei com o Bruno. Mas também não se pode dizer que eu dispensei o cara. Na verdade o Caio atrapalhou tudo mais uma vez.

A noite começou bem. Saímos para jantar antes do cinema. Demos muitas risadas. Ele fez brincadeirinhas a respeito do blog e do twitter (sim, ele lê isso tudo aqui). Disse que eles seriam muito melhores se eu não falasse tanto no Caio (será?). Relembramos os tempos de escola. Planejamos um reencontro de ex-alunos. Descobri que ele continua o mesmo da minha época de 12 anos. Não amadureceu quase nada (o que foi meio brochante), mas eu estava me divertindo e tudo o que eu mais queria ontem era dar sorrir.

Então, apesar de estar acompanhada de um carinha super bobo (desculpa Bruno!), eu estava numa noite ótima. Até que o filme começou. Pelas cenas do trailer, eu já sabia que me identificaria com “sexo sem compromisso”, mas nunca imaginei que seria tanto. Me via em cada dialogo de Emma e Adam. Uma hora eu era ela, noutra eu era ele. O filme é uma comédia romântica óbvia que arranca algumas boas risadas do público, mas eu, EUZINHA AQUI, tinha lágrimas escorrendo no meu rosto como se estivesse assistindo a cena final de Casa Blanca, ou a morte do cachorrinho Marley.

Na hora de ir embora o Bruno não falou nada. Ele pode ser bobo, mas não é burro. Sabia muito bem o que tinha acontecido. Me deixou em casa e carinhosamente me deu um beijo na testa e disse “isso tudo vai passar um dia”. Sinceramente, espero que ele esteja certo.

Cheguei em casa, me tranquei no banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água cair. Aos poucos fui deslizando pela parede até sentar no chão. Não suportei o peso das lágrimas que saiam dos meus olhos sem dó nem piedade. Queria arrancar meu coração. Queria pegar o primeiro avião e ir ao encontro daquele que acabou com a minha capacidade de viver. Queria espancá-lo, beijá-lo, amá-lo. Mas a única coisa que fiz foi escrever mais uma carta que não mandarei

Quantos encontros mais eu destruirei por tê-lo em minha memória? Pobre dos homens que pensam que vão poder mudar o rumo dos meus pensamentos. 

21 de março de 2011. Depois de assistir "Sexo sem compromisso"

Eu precisava dizer. Eu precisava me declarar. Eu precisava que alguém soubesse. Eu desejava que você soubesse. E eu inventei tudo isso para você me achar. Eu me revelo em pontos, vírgulas e pingos nos is, mas mesmo assim você não me encontra.

Me acha. Me deixa te amar?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Se for para amar que seja real, que seja possível, que seja palpável


Adoro blogs (novidade!!) e adoro o blog da Lia Bock. As coisas que ela escreve às vezes parecem tão minhas. Mas eu não me vi no seu último post “Feliz para sempre!”. Não porque eu não seja feliz, pelo contrário. Sou muito. É que ela defendeu a teoria do “amores impossíveis sempre dão certo”. E eu tenho que discordar da Lia quando ela diz que “o amor quando é impossível não machuca, não destrói e não tem final feliz exatamente porque não tem final”.

Para começar, amor impossível machuca e destrói sim. Não importa se ele é impossível porque o carinha (ou a carinha) tem outra (ou outro), porque existe uma distância quilométrica entre os dois, por incompatibilidade de gênios ou simplesmente porque o amado (ou amada) não existe. De todas as formas ele vai doer.

Amores platônicos nos consomem, nos corroem. Fazem com que criemos expectativas. E, em se tratando de relacionamentos, não existe nada pior do que esperar.  É exatamente nessas horas que nos frustramos. As histórias irretocáveis que criamos a partir de um olhar, de um beijo, de um sorriso, de um tweet, são muito arriscadas. Elas já vêm com 99,9% de chances de decepção. Isso porque a outra pessoa envolvida não sabe o que se passa na nossa cabecinha romântica e apaixonada.

Serão litros de lágrimas, e milhares de declarações de arrependimentos. Sofreremos porque ele partiu (ou nem mesmo veio), nos traiu sem saber, e odiaremos todos aqueles defeitos que sempre existiram, mas que nunca cogitamos considerar. Eu sou do tipo de consegue ter ciúmes daquilo que nunca foi meu. Invento histórias e diálogos que me derretem e me fazem sonhar. Afinal, como disse Lia “ninguém melhor do que nós mesmos para escrever as palavras que nos tocam e mostram o ponto exato da nuca onde turn it on”. O problema é que essas palavras podem nunca sair da boca da pessoa amada. E é nessa hora que o coração quebra e o cotovelo dói.


E essa história de que amor impossível não tem final feliz exatamente porque não tem final é muito triste também. Se for para amar que seja real, que seja possível, que seja palpável. Mesmo que seja por uma hora, por um dia, por uma noite, por uma semana, um mês, uma vida. Não importa. O que eu quero é que os amores da minha vida tenham um começo, um meio e um fim. Feliz ou não. O final é o que menos importa. Quero é aproveitar o desenrolar de tudo. Com todas as brigas, crises, desejos, juras de amor, sorrisos e lágrimas. Não quero dar um adeus ao que poderia ter sido. Quero dizer que tentei, que amei, que lutei...E, se e quando o final chegar, quero ter a certeza de que fui feliz e continuarei sendo.




Às vezes calha da escolha não falhar

Às vezes rola do espaço não se espalhar


Festival + Twitter + Brasília = TwestivalBSB


O Brasília Twestival 2011 está chegando. No dia 24 de março twitteiros e não-twitteiros que acreditam na união e mobilização como forma de mudar o mundo se reunirão no Terraço Shopping (@shoppingterraco), das 14h às 23h, em um evento social e beneficente que acontecerá simultaneamente em mais de 150 cidades do MUNDO! (Isso é muito chique!!!)

Cada uma das cidades ajudará uma instituição social e filantrópica. Aqui em Brasília a escolhida foi o Comitê pela Democratização da Informática do Distrito Federal (@CDIDF), que trabalha pela inclusão digital de pessoas menos favorecidas. Uma escolha que combina perfeitamente com a proposta do evento.

Quem for ao TwestivalBSB, além de ajudar ao próximo, também se divertirá e aprenderá muito. Sim, porque das 14h às 18h serão realizadas uma série de palestras sobre a melhor forma de utilizar a internet e as redes sociais, seja para uma empresa, seja numa crise, ou qualquer outra finalidade que a pessoa possa ter.  E quando o sol começar a se por na capital federal, quem estiver pelo festival vai dançar e curtir muito ao som dos DJs Guga Freitas, Fernando Cunha e Biondo, e das bandas brasilienses Lafusa e JP. Ah claro, todo mundo vai tuittar bastante o dia inteiro e esses tweets aparecerão em um telão em tempo real.

E se você não tem um smartphone, ipad ou laptop para dar uma tuittada quando estiver por lá, não se preocupe. A Net Vírtua (@NEToficial) terá um lounge com laptops para uso gratuito de Internet. Alias, para aqueles que não entraram na onda dos 140 caracteres, essa será uma boa oportunidade de criar uma arrobinha própria. Além disso, para aqueles que já possuem esses apetrechos eletrônicos, mas não tem banco de dados, internet ilimitada e afins, o Twestival, junto com a Net, disponibilizará banda larga gratuita. Skawuska!!!

Outra coisa. Durante o dia serão vendidas rifas para diversos prêmios muito legais como viagens, ipads, smarthphones... Já tá com vontade de ir? Então que tal ficar com um pouquinho mais e já saborear os pratos criados pelo Dona Lenha (@donalenha), restaurante oficial do Brasília Twestival 2011? O melhor é que eles poderão ser degustados até o dia 3 de abril. Assim, quando o TwestivalBSB acabar e a pessoa ficar com gostinho de quero mais, ela dá uma passadinha no restaurante e se delicia com um dos três pratos especiais no valor de R$ 33 cada que ajudarão a manter o centro de cidadania e inclusão digital do CDI/DF por um ano.

Claro que um evento dessa magnitude não acontece sozinho. Se a causa é nobre então, ele reúne um monte de gente boa como a agência de comunicação e estratégia Monumenta (@monumenta), as marcas Sabin (@LabSabin) e Wimóveis (@redewimoveis) e diversos jornalistas, colunistas, empresários, blogueiros, artistas e twitteiros famoso que abraçaram a causa e viraram embaixadores do evento. Ah, não podemos esquecer dos voluntários, que vão fazer o evento bombar, e desde a semana passada tuittam sobre uma tal surpresa que agitará ainda mais o Twestival.

Vamos combinar: não dá para ficar fora dessa. Eu vou, e você?


Programação do Brasília Twestival 2011
Data: 24 de março de 2011 (quinta-feira)
Local: Terraço Shopping
Horário: 14h às 23h

Dia:
14h – Abertura
14h10 – Início das palestras:
  • 14h10 às 14h30 – palestrante Cynthia Garda: FSB – Você sabe mesmo encontrar o que procura na internet? Provavelmente, não. Dicas rápidas de pesquisa na web utilizando ferramentas Google.
  • 14h40 às 15h – Monumenta – CaseMaior Abraço do Mundo”.
  • 15h10 às 15h30 – palestrante Janine Louven – FSB – Redes sociais pelo governo do Rio de Janeiro. Tomada do complexo do Alemão e chuvas na região serrana.
  • 15h40 às 16h: palestrante Fabiana Borja – WebAdvisor – Procon ou Twitter? Consumidores descobrem o poder das redes sociais como ferramentas de defesa do consumidor.
  • 16h10 às 16h30: palestrante Fred Dias – 7 pontos – Links patrocinados com Google Adwords.
  • 16h40 às 17h: palestrante Maximo Migliari – ClickLab – Otimização da taxa de conversão – como o WriteWork.com aumentou suas vendas em 50%.
  • 17h10 às 17h30: palestrante Flávio Rosário – Innova7 – O uso de mídias sociais pelas empresas. O que pode dar certo ou errado?

Noite:
18h – DJ Guga Freitas.
19 – Artista solo: JP.
19h15 – DJ Cunha.
20h15 – Apresentação do Comitê pela Democratização da Informática (CDI) pelo fundador Rodrigo Baggio.
20h30 – Banda musical Lafusa.
20h45 – DJ Biondo.
21h30 – Sorteios.
22h – Agradecimento aos voluntários e embaixadores.
22h35 – Entrega do cheque ao CDI.
22h45 – Encerramento oficial.
23h – Término do evento.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Os riscos que se corre ao transformar sua vida num reality virtual

Quando eu comecei meu blog foi uma grande brincadeira. Minhas amigas sempre me sacaneavam dizendo que eu era PhD em fazer merda, mestra em fazer as escolhas erradas e um imã para atrair situações bizarras. Todo mundo dizia que eu era um consolo para qualquer mulher, já que a minha situação amorosa sempre estaria pior, ou absurdamente inacreditável. Daí nasceu o blog. Uma forma de mostrar que, em se tratando de amor, não importa se está ruim ou bom. Tem que se viver para ter o que contar. Pelo menos é assim que levo minha vida.

Aos poucos comecei a tuittar e virei uma viciada assumida, o que acabou dando mais projeção ao blog (o que eu adoro), e pessoas que nunca imaginei acompanham meu diário virtual. Como, por exemplo, o Bruno, que acabou de me mandar uma mensagem dizendo “Se você esquecesse o Caio e me desse uma chance não precisaria visitar esses lugares na hora do almoço”. Lógico que eles estava falando do tweet que dei hoje.

Fiquei pálida, gelada. Tudo bem que várias pessoas seguem meu twitter. Só que o Bruno faz parte de uma época da minha vida na qual eu não era nem Duda, nem Rich. Quase sempre fui Maria. Minha mãe sempre odiou que nos chamassem por apelidos como Duda, Cissa, Mafê. Ela dizia que nos éramos as Marias dela e que tinha escolhido nossos nomes com muito amor para serem reduzidos a duas sílabas.

Para piorar Richestein não é um sobrenome fácil. Até minha adolescência fui alvo de milhões de piadinhas do tipo Maria Xenhenhem, Maria Sem Ninguém e afins. Na verdade o Rich só nasceu com o twitter, porque não cabia meu nome todo. Como depois dos 15 anos e, principalmente na faculdade, muita gente já me chamava de Duda, virei Duda Rich no universo tuitteiro, mas até hoje muitos amigos das antigas só me chamam de Maria com medo da Dona Maria das Dores (ela brigava mesmo).

Nunca poderia imaginar que alguém que nunca me chamou de Duda fosse encontrar meu twitter. Tudo bem que quem digitar Richestein no twitter só encontrará eu e minha irmã. Mas como uma pessoa que estudou na mesma escola que eu há 13 anos atrás lembraria como se escreve esse sobrenome? Ele nem era da minha sala. O Bruno nem me olhava, mesmo que eu me fantasiasse de urso polar e aparecesse na frente dele.

Agora estou neurótica. Será que o Caio também lê isso aqui? Eu sei que ele acha que essas coisas de blog e twitter são ridículas e para quem não tem o que fazer. Mas vai que, né?! Enfim. Acredito que ele não leia isso aqui, nem futrique meu twitter. Esse é o tipo de coisa que ele não faria. Se ele tivesse descoberto, já teria me matado. Assim espero. De qualquer forma, isso tudo faz parte dos riscos que se corre ao transformar sua vida num reality virtual Pensei em abandonar isso aqui. Mas vô não, quero não, posso não, meu vício não deixa não.

Na madrugada, entre um sonho e outro

Sinto o vento me acariciar e o frio na barriga me dominar. 




Pode ter sido um sonho.

quarta-feira, 16 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Um viva aos admiradores e ao tempo que nos faz tão bem!

Pelo visto não é só Jesus Cristo que ressuscita nas nossas vidas. Antigos amores e paixonites de adolescente parecem ter desenvolvido esse dom. Há um tempo atrás encontrei, nas baladas da vida, o Bruno. Ele era a sensação da escola quando eu tinha meus 12 anos de idade. Sabe aquele menino que todas as meninas eram apaixonadas? Era o Bruno. Sorriso perfeito, sempre arrumadinho, safado...E lógico, não me dava a menor bola.

Não culpo o Bruno por tropeçar em mim nas escadas do colégio. Eu era muito feia. Uma vassoura de piaçava ambulante. Magrela, alta, desengonçada e com os cabelos loiros e mal cuidados. Não foi pra menos o espanto dele quando me encontrou. Tudo bem que hoje eu não seu nenhuma Afrodite, ou qualquer outra deusa que queiram imaginar, mas meus 56 quilos bem distribuídos nos meus 1,68 dão para o gasto. Sem contar que eu aprendi a me arrumar, me pentear. Essas vaidades que a idade traz.

Revivals a parte, o fato é que o Bruno surtou. Ele foi passar o carnaval em Salvador e quando chegou, no sábado de madrugada, simplesmente me mandou uma mensagem dizendo “Estou com marca de sunga só para você”. Eu, com meus dedos frenéticos no tecladinho do celular, não pensei duas vezes (ou melhor, não pensei nada) e respondi. “Eu estou branquela”. Gigante foi a minha gargalhada quando ele mandou “Huum, deve estar uma delícia”.

Tenho que admitir que estou chocada. O Bruno, aquele que ocupava todas as páginas dos meus diários adolescentes, está me querendo. Eu to me sentindo a musa inspiradora da música “Cai Fora” da Claudinha Leitte (no tempo em que ela era legal e honrava a raça loira).

Hoje ainda é terça-feira e eu já tenho mais mensagens enviadas por ele do que todo o resto que havia antes no meu celular. Textinhos como “Acho que você não está acreditando, mas o que mais quero fazer é te ver” e até mesmo a breguisse de um sertanejo dizendo “Esse cabelo cor de ouro é que me deixa louco. Esse sorriso nos seus lábios que eu me entrego todo” já apareceram na telinha do meu BlackBerry.

Eu já desisti de querer interpretar os sinais que Deus manda. Um dia ele ressuscita o Caio, no outro o Bruno, e agora eu tenho que lidar com os dois na minha vida. Só que eu amo o Caio e não to a fim de ficar com o Bruno só de azaração. Também to gostando de ser a única menina da escola que ele não pegou, e não sei se quero dar esse troféu (me achei) para ele. Só sei que me fez bem esse clima de chaveco adolescente. Eu tava quase em depressão profunda e agora me sinto a mulher mais sexy do universo graças às investidas do Bruno. O Caio deve ter sentido essa minha nova sensualidade e agora, mesmo estando longe, fica querendo marcar território ligando e dizendo coisas fofas.



Vai ver era esse o sinal que eu tinha que pegar. Quando nos sentimos bem de verdade, a felicidade sai pelos poros e nos deixa radiante. Surge uma energia para viver que funciona como um imã e atrai árias pessoas legais em nossa volta. Ninguém quer estar perto de gente que ta sempre pra baixo. Por isso, um viva aos nossos admiradores. Mesmo que eles não valham nada, fazem um bem tão grande para o nosso ego que devem ser conservados por perto sempre.






Agora eu sou gatinha
E você quer me conquistar
Mas eu to no ponto
E você passou da hora

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quando meu lado Maria sai de mim

O Caio me desestrutura, me conserta e desconserta em questão de segundos. Não sei se é vício, paixão, amor, tesão, ódio...Ou se é tudo isso junto. A única coisa que sei é que não resisti. Não teve reza, meditação, twitter, força de vontade que desse jeito. Na hora que inalei o perfume dele eu me embriaguei. Acho que os ferormônios dele são drogas poderosas, piores que boa noite Cinderela. Desligam tudo que faz de mim uma pessoa racional...Deixo de ser eu.

Tentei milhões de desculpas para justificar meu deslize na noite passada. Pensei na lua cheia, mas ela ainda estava crescente. Ameacei acusar Santo Antônio, que poderia estar se vingando de Dona Maria, minha mãe. Cogitei até dizer que foi a ausência de chocolate no sacrifício de quaresma. Mas no fundo, nem eu mesma acreditaria em mim.

Foi fraqueza sim, misturada com saudade, com carência, com medo, com vontade. Quando ele me abraçou e me aconchegou delicadamente em seu peito o tempo parou. Éramos eu, ele e a nossa respiração. Esse silêncio poderia ter durado para sempre, mas os rostos deslizaram, os olfatos se acenderam, os corpos se aqueceram. Não queria mais ser Maria, queria ser apenas a mulher desejada que via nos olhos dele. E fui.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Pobre Santo Antônio

Filha mais velha só se f@$&. Minha mãe acaba de me ligar aos berros dizendo que é um absurdo eu estar sendo conivente com o divórcio da minha irmã. Ela acha que, como irmã mais velha, eu deveria aconselhá-la a manter a família que tinha decidido construir com Rodolfo. Eu fui obrigada a escutar um “mas também, o que esperar de uma irmã mais velha que é um péssimo exemplo. Só quer saber de curtição, farra e não assume um namoro sequer”. (O que é uma injustiça, diga-se de passagem).

Só minha mãe não percebeu que o casamento de Cissa tinha acabado antes mesmo de começar. Os dois eram completamente diferentes. Não dá nem pra dizer que eram como água e óleo, já que esses quando esquentam e agitam dão até uma misturinha boa. Eles eram pior que Eduardo e Mônica, até porque esse casal do Legião Urbana deu certo.

Talvez esse tenha sido o problema. As pessoas precisam entender que nem tudo que funciona em músicas, filmes e novelas dá certo na vida real. Mas Cissa, na sua fase adolescente apaixonada, resolveu investir. E na época, assim como hoje, eu apoiei porque acredito que as pessoas devem tentar ser felizes. A felicidade não está em momentos eternos. Ela está nas pequenas coisas, nas boas recordações. Ela foi feliz com Rodolfo, agora será feliz com uma nova vida independente e cheia de desafios.

No fundo, a única pessoa que tenho pena é do pobre coitado do Santo Antônio. Dona Maria das Dores não está nada feliz com o estado civil de suas três Marias. Uma noviça, outra divorciada e euzinha aqui solteira convicta. Acho que colocar Santo Antônio de cabeça para baixo será pouco este ano. Minha mãe vai torturar o coitado. Capaz que desde que minha irmã foi para Salvador que mamis começou a fazer promessa, novena, acendeu vela.

Alguns pais insistem em querer que seus filhos tenham os mesmos sonhos e planos de vida que eles tinham na nossa idade. Mas a vida muda, a realidade é outra. Não sei nem se precisamos mesmo saber o que queremos da nossa vida. É preciso mesmo bater o martelo e traçar um único objetivo? Não dá para voltar atrás, ou fazer uma curva no meio do caminho? Pegar um atalho, sei lá! Às vezes essa coisa de grande amor, que as mães querem tanto que seus filhos (e principalmente filhas) encontrem, está nessas bifurcações que ninguém se atreve a encarar.

Eu vou seguindo o caminho que escolhi e vou torcer para que Dona Maria das Dores não seja muito cruel com Santo Antônio, ele não tem culpa de nada. Desde já peço perdão viu santidade casamenteira. Eu já tentei explicar mil vezes, mas ela não me escuta.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Resoluções tardias de ano novo

Carnaval acabou. 2011 oficialmente começou. Minha vida mudou. Rimas a parte e dramalhões de lado, sinto que tudo realmente está prestes a mudar.
Para começar minha irmã Cissa finalmente separou-se de Rodolfo e vai morar comigo. O casamento já estava em crise há um tempo e depois que ele se inscreveu num campeonato de playstation no meio do carnaval, minha irmã surtou, fez as malas e se mandou para Salvador. Não preciso nem dizer que isso foi mais que um ponto final.

Depois de um ano fora da casa de papai e mamãe voltarei a dividir meu teto com outra pessoa. Tudo bem que eu já vivi com minha irmã, mas agora é diferente, vamos compartilhar responsabilidades e dívidas. Terei que (re)adaptar minha rotina e minha geladeira não poderá conter apenas leite e tequila. Mas acho que vai ser bem legal.

Quanto ao meu coração, decidi não pensar mais no Caio. Será meu sacrifício de quaresma. Passei um carnaval alcoolizada e na fossa só pensando nele que, de forma tão cruel, me mandou mensagem só para dizer que ia sonhar comigo no meio do Monobloco. Acho que deve ser uma técnica moderna de tortura enviar SMS para iludir alguém. Ainda bem que tenho amigos que na mesma hora jogaram um balde de realidade na minha faísca de fantasia amorosa e disseram que o Caio deveria estar bêbado e provavelmente tinha acabado de ganhar um fora de alguém e por isso lembrou de mim.

Tudo bem que me senti a mulher mais fácil do mundo. Como assim o cara leva um fora e lembra de mim? Será que eu sou a única que estou à disposição dele? Será que ele só não foi onde eu estava porque existiam vários quilômetros de distância nos separando? Será que se ele tivesse aparecido na minha frente eu teria largado quem tava comigo só para me render aos beijos e amassos dele? Ter crise existencial e de insegurança depois dos 25 é muito mais complicado do que quando somos adolescentes. Acabamos nos sentindo não apenas burras como também infantis. Mas serve para dar uma chacoalhada.

Este ano adotarei o mantra “EU NÃO VOU FAZER MERDA” e pararei de ficar com carinhas só para afogar as mágoas e tentar esquecer a dor de cotovelo. Eu sei que é clichê, mas eu realmente não quero fazer com os outros o que não gosto que façam comigo. Vou aproveitar a quarta-feira para transformar meu coração em cinzas e torcer para que ele seja como fênix. Quem sabe um dia ele renasce, com força total, curado e pronto para amar de novo. Acho que tudo isso são resoluções tardias de ano novo, mas nunca é tarde para tentar recomeçar a viver.


You get more when you leave behind

Some of the things you don´t really need




sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval, carnaval, carnaval...

Todo mundo já está em ritmo de carnaval. Malas prontas, hits na ponta da língua. Os solteiros e solteiras pretendem não ficar sozinhos e existe a promessa de muita pegação. De alguma forma virou senso comum que o carnaval é época de agir apenas com instintos e de fazer tudo o que não faríamos “normalmente”. O problema é que todo mundo esquece que o carnaval termina na quarta-feira de cinzas, mas sua vida vai seguir depois disso. Por isso não custa nada se cuidar!

Vamos usar e realizar todas as nossas fantasias, mas vamos também usar camisinha! Afinal o bom da vida é guardar boas lembranças dos nossos carnavais. Não queria que esse seja o ano no qual você engravidou, pegou alguma DST...

E para aqueles que curtem tomar água que passarinho não bebe: nada de dirigir embriagado! Lembre-se que outros carnavais virão, muita cachaça vai rolar e você tem uma vida para desfrutar.

Quero que este seja um carnaval inesquecível para quem é de samba, de axé, de rock, de reggae, de funk. Para todas as tribos e gosto existem opções, mas independente do que você curtir, leve o bom senso com você. 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Castigo divino?

Eu não sei se Deus castiga ou dá um jeito de impedir que a gente faça algum tipo de bobagem. Só sei que ontem resolvi seguir ao pé da letra a máxima “dor do amor é com outro amor que a gente cura”, talvez porque alguém no twitter tenha me mandado a música Boate Azul para alimentar minha eterna dor de cotovelo.

Enfim. Aceitei o convite do Marco, um carinha tão charmoso, tão inteligente, tão cheiroso e fomos ao cinema assistir Cisne Negro (aliás, Natalie Portman realmente fez por merecer o Oscar de melhor atriz). Estava tudo lindo e perfeito até que, quando nos beijamos, eu comecei a me coçar e quando ele olhou para minha cara eu estava toda vermelha e com a boca igual a da Angelina Jolie. Que pânico! Corremos para o hospital e adivinhem só: eu simplesmente tive uma crise alérgica à loção pós-barba do cidadão.

No fim das contas um programa que deveria curar minha dor de cotovelo fez foi aumentá-la. Enquanto eu tomava soro com algum tipo de droga para curar minha alergia eu delirei e chamei o Marco de Caio. Foi um desastre completo meu encontro! Ele se sentiu mega ofendido por ser meu step. Eu estava tão dopada que não conseguia raciocinar e só falava “Caio, não faz assim, eu gosto de você”. Claro que cada vez que eu falava isso ele se irritava e dizia “Maria Eduarda, meu nome é Marco!”.

No fim das contas o Marco ligou para meu cunhado, amigo dele por sinal, e minha irmã Cissa Rich foi me salvar no hospital. O Rodolfo está me odiando pelo papelão que eu fiz com o amigo dele e eu ainda tive que ir ao ginecologista hoje e acabei escrevendo mais uma carta que nunca vou mandar para o Caio. Ai que depressão. Eu acho que mereço a solidão mesmo viu.

As cartas que eu não mando #03

Dói sentir sua ausência, inclusive no mundo virtual, mas me tortura ainda mais as poucas vezes que te vejo on-line e tenho que usar toda a minha força para não falar com você. (Sintomas de dor de cotovelo do mundo moderno).

terça-feira, 1 de março de 2011

Esse post é só porque Rio, eu gosto de você

Hoje o Rio de Janeiro está aniversariando e eu não poderia ficar calada, afinal sou uma eterna apaixonada por essa cidade que faz por merecer o título de MARAVILHOSA.


Não há no mundo quem não goste do Rio, que agrada a todos os gostos, humores, amores e idades. Ele que vai do funk à bossa nova, da baixaria a boemia, sempre conquista um espacinho em nossos corações. É cidade para quem é de praia, de esporte, de histórias, de cultura, de modernidade e de tradição. Ah o Rio de Janeiro, fevereiro, março, abril...Não existe época ruim para se chegar lá. O difícil mesmo é ir embora.

Sorte daqueles que podem receber o abraço do Cristo Redentor a seu bel-prazer, que se deliciam com um Pão de Açúcar que adoça a vista de qualquer um, independente de se estar no bonde ou não. Felizes aqueles que se esbanjam nos arcos da lapa e lavam suas almas nos mares de Copacabana, Ipanema, Recreio, Barra da Tijuca...Bem aventurados aqueles que estão a um passo da serra e a um pulo da região dos lagos.

Quisera eu viver para sempre na cidade do carnaval, do futebol, da música, do teatro, da vida. Na cidade que mesmo não sendo mais, mantém para o resto do mundo o posto de capital de um Brasil imenso, cheio de rincões mágicos e encantadores.


Está certo o Djavan quando afirma com todas as letras que o xodó do povo é o Rio. Não importa onde se nasça, todo brasileiro tem um quê de carioca na alma. E me dou a licença de usar as palavras de Tom e dizer "Rio, você foi feito prá mim".




Saiu em outro canto e adotei pra mim...#02

Estão tentando me convencer que alguns homens têm coração. Para provar isso me mandaram ler esse texto aqui do blog Alguns Momentos (que recomendo até!). Achei o texto tão a minha cara que roubei para mim. Bem o tipo de coisa que eu escreveria nas cartas que eu não mando.


Mais um tchau


Definitivamente, eu acho uma pena. É uma pena, depois de tantas idas e vindas, de encontros e desencontros, de amores e desamores, eu ainda sofrer por perder você. É mesmo uma grande pena depois de tantos anos eu ainda não ter aprendido a lidar com meus erros – sempre os mesmos – e com as consequências deles.


Sabe, eu fico triste mesmo. Nem é por você ter ido. Isso aconteceria uma hora ou outra. Afinal, quem acredita em “viveram felizes para sempre”, além das crianças que dormem ao som da leitura de uma Cinderela ou Rapunzel? Só naqueles embalados sonhos o para sempre é real. Depois que crescem, vivem a realidade. Aliás, não era Cinderela sua história favorita quando pequena?


Eu fico triste é por mim. Por não perceber que estou numa eterna volta: conquista, namoro, erros e o fim. Triste por não me dar conta que meus erros não feriram só você, mas também a Marisa, a Fernanda, a Tatiana, a Maria Clara... e por não ver que o problema não foi você, nem elas. O problema sou eu.


Muitos usam desse papo de “não é você, sou eu” para terminar um relacionamento. Só que comigo é sempre o contrário. Foi você (e todas as outras) que me disse, ou deixou a entender que o problema não era você, mas eu.


Eu fico triste por não ver que eu sempre caminho para o mesmo buraco. Para a mesma vidinha simples e sem aventuras, para a mesma rotina medíocre que acredito ser o suprassumo da existência humana.


Psicologia, psiquiatria, hipnose, acupuntura, terapia holística, exercícios físicos, menos álcool, voto de solidão. Sei lá o que pode me fazer mudar. Qual a sua sugestão? Quer dizer, você nem tem que me dar nenhuma sugestão. A essa altura já deve estar bem longe. De volta àquele apartamento que você dividia com as amigas. Me deixe mesmo aqui. É melhor pra você.


Quanto a mim? Bom, o ciclo recomeça. Vejamos quanto tempo dura o próximo. Bom que estes escritos já ficam aqui, à mão para o próximo cartão de despedida. 


Boa sorte pra você. Espero que goste das flores.






PS: Aos que estão ai se perguntando...Não, esse texto não me convenceu que os homens têm coração. Para mim é o tipo das coisas lindas que eles sabem que nos deixam derretidas e fazem porque nós somos idiotas de coração e eles idiotas de espírito.