Quer ler sobre o quê?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Antes dos 30 será que é mesmo necessário...Usar tudo que dizem que é moda?

Eu não sei se tenho cara de criança ou o quê, mas de vez em quando alguém fala “você tem que aproveitar enquanto ainda está nova!”. Confesso que quase sempre adoro escutar esse tipo de coisa. Quase sempre porque às vezes quem solta uma dessas são aquelas vendedoras que querem de qualquer forma te vender uma roupa/acessório/maquiagem tão bizarra que a única explicação existente para justificar o uso é ser “coisa de gente jovem”. Provavelmente isso se deve ao fato de muitos dos nossos jovens estarem ficando cada vez mais acerebrados e incapazes de pensar por conta própria.

É claro que existem certas coisas que realmente são para jovens. Por mais sarada que a coroa seja, desfilar com um vestido minúsculo e posar de ninfeta é ridículo (leu ai Suzana Vieira?). Mas usar um batom azul assim como se nada...Isso pra mim é atestar total falta de lucidez (em qualquer idade). 



E foi com isso que me deparei este fim de semana quando passeava pelo shopping. No quiosque de uma dessas marcas de maquiagem estava exposto o tal batom que a vendedora quis me convencer que era “a última moda” para adolescentes e mulheres jovens. Espero que realmente seja a última moda bizarra que lancem por ai e que parem de uma vez com essa história. Eu já to imaginando todas as baladas da minha vida parecendo uma festa de halloween porque “quem tá na moda” pintou a boca de azul.

Na hora que eu vi o batom tive um momento nostálgico achando que era o (re)lançamento de um batom da minha infância. Aquele que era verde e ai você passava na boca e ele ficava ROSA! Quem lembra? 



Eu e as meninas corremos para nos lambuzar e acabamos ficando parecidas com aquelas crianças que acabaram de chupar um pirulito que pinta a língua (e na verdade pinta a boca toda).

Por favor fashionistas, parem de querer que as pessoas se vistam/arrumem/maquiem como se tivessem saído de um hospício. E por favor meninas que ainda não têm 30 anos: parem de achar que vocês podem usar/fazer tudo porque alguém disse que aquilo era legal. Pensem um pouco por conta própria. Se olhem no espelho. Vejam se aquilo realmente combina com você. Use/faça aquilo que você gosta e que te faz bem. Se você curte usar batom azul use. Mas use porque você quis, não porque alguém que quis se promover no mundo bizarro de hoje disse que aquilo era “moda”. Eu posso ser Maria, mas não sou nem um pouco vai com as outras e espero que você seja assim também. 

As loucuras de Gaga

Quando eu penso que não, lá vem um artista(?) da nova geração me deixar passada. Parece que hoje não basta apenas ser um bom ator, escultor, pintor, cantor...É preciso chocar. Fazer e usar coisas sem o menor sentido, de preferência que agridam um dos nossos sentidos, ou todos. Tem que despertar um sentimento de respulsa, asco, ou fazer nascer a sensação de completa incompreensão.

A Lady Gaga é uma das que faz isso com mais freqüência. Ela lançou essa semana o clipe da nova música “Born this way”. Gaga tem um vozerão e a música passa uma mensagem linda. Mas o clipe...Eu não tenho palavras para descrever a agonia que senti quando assiti. Achei meio esquizofrênico sabe. Pra quem curte ou ficou apenas curioso ta ai a nova “arte” da cantora.

“I'm beautiful in my way 
'Cause God makes no mistakes
I'm on the right track baby 
I was born this way”



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Saiu em outro canto e adotei pra mim...#01


Procura-se uma princesa. Cuidado sapos, não se enganem!

Libu do  Menina não pode

Dizem por aí que a nova tendência masculina é querer namorar as princesinhas. A velha (e boa) mulher pra casar. Mas what the hell é a mulher pra casar? Quem são esses baitolas que estão procurando mulherzinha do século 19 em plena era Google? De onde eu venho homem quer mulher safada, gostosa, esperta e fiel. Se souber fritar um ovinho, melhor, se não... tudo bem também.

Ô tendenciazinha mais estranha. Pensem comigo: quem consegue manter a pose de princesa em tempos de Facebook, gente? Bobeou e uma amiga posta uma foto sua linda e louca num boteco qualquer (num banheiro qualquer? Em cima de um balcão qualquer?). Onde será que esses pós-homens-alfa encontram essas ditas princesinhas? Eu gostaria muito de averiguar. Sim, porque uma coisa é dizer que é princesa, e outra é ter o carimbo da realeza de verdade!

Vamos combinar que não é porque algumas moças não têm um blog sexualmente ativo, não tomam iniciativa ou não falam a palavra pinto em público, que elas são princesas. Se ser princesa fosse isso, o palácio ficaria pequeno. Essa umazinha boa moça, deve bem ser uma heterossexual passiva. Sabe como? Daquele tipo paradinha, insossa. Será que pra ser princesa não pode sair sem sutiã? Aí ferrou. (Não que eu queira me candidatar.)

Ou eu definitivamente não sei qual o recheio dessa versão pós-feminismo, ou essa tal princesinha é a coisa mais sem graça do vasto cardápio feminino. E o povo vem dizer que os homens estão à caça desse tipinho? Alô? Anybody home, Mcfly? Mulher que está sempre impecável, nunca caiu num casamento, não usa saia curta e não leva um bofe no papo... tá mentindo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A tal da união homossexual

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou ontem o julgamento sobre o reconhecimento dos direitos dos homossexuais em relação à união estável, recebimento de pensão e partilha de bens. Eu não consigo entender qual a real dificuldade em se colocar na jurisprudência brasileira o direito de homens e mulheres que constroem suas famílias com pessoas do mesmo sexo partilharem e deixarem  seus bens para um companheiro de vida.


Casamento, segundo o dicionário Aurélio, significa aliança, união, combinação e harmonia. E companheirismo é procedimento ou convívio cordial, afetuoso. Quem foi que disse que tudo isso não pode existir entre dois homens ou duas mulheres? Gostei da declaração do ministro Aldir Passarinho Junior que disse ser hipocrisia negar a existência dessas pessoas. “Quase soa como uma hipocrisia não reconhecermos esse direito. Temos reconhecido todos os direitos de homossexuais, inclusive, recentemente, permitimos a adoção por casal homossexual, que envolve a garantia de um direito de terceiro e que pressupõe a existência de união estável. É como se conhecêssemos só o efeito e não a causa principal”.


Eu sei que muitos falsos moralistas e várias pessoas religiosas vão achar absurdo defender esse tipo de “modernidade”, mas acredito que a partir do momento em que o Brasil tornou-se um país laico esse tipo de defesa da moral e dos bons costumes (muitos deles vindos da minha religião católica) não pode existir em certos julgamentos. Até porque, o que esta em jogo não é garantir ao próximo um lugar no céu. Estamos falando de poder dividir e deixar para o outro aquilo que foi construído junto, de poder cuidar daquele que está conosco na alegria e na tristeza e poder incluí-lo em um plano de saúde. Se está lutando pelo direito de ter direitos óbvios.


Eu não estou aqui dizendo que defendo a banalização do homossexualismo. Existe uma diferença entre promiscuidade e safadeza (que existem naquelas pessoas que não respeitam a nada nem a ninguém e querem apenas sentir prazer a qualquer custo e de qualquer forma) e aqueles que são homossexuais porque são. Que vivem um relacionamento estável, único, com respeito mútuo. Esses merecem nosso respeito, há muito tempo, e uma forma de começar a fazer isso é garantir a vitória desse processo no STJ.




Leia outras coisas que não tive tempo de falar aqui.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

É impossível ser feliz sozinha?

Ultimamente poucas coisas têm me causado mais pânico do que reuniões familiares, daquelas que juntam todas as gerações ainda viventes. Vai chegando o dia do encontro e já começa a suadeira na mão, a taquicardia, a dor de barriga... Vou te contar uma coisa: enfrentar um batalhão de tias-avós sendo a última solteira na faixa-etária dos 20 é realmente uma tarefa árdua. O pior é que não conto com o apoio nem da minha mãe, nem das minhas irmãs, que também acham que eu preciso encontrar o grande amor da minha vida.

Este fim de semana teve o noivado de mais uma prima. Foi aquele almoço que dura o dia inteiro, todo mundo bebe, fala bobagem e aponta os problemas alheios (porque assumir os próprios problemas ninguém quer, né). Foi ai que o bicho pegou. O principal problema do dia foi o meu encalhamento. Todo mundo está achando que eu estou com algum problema por estar solteira e prestes a fazer trinta anos. Teve uma tia-avó minha que sugeriu me levar em uma benzedeira. “A Maria Eduarda já namorou tanto. Agora ela não acha mais um homem que preste. Isso só pode ser mau-olhado”. A outra quer me levar na missa de Santo Antônio e uma me deu uma imagem de São José e disse que eu tinha que pedir todas as noites para encontrar um bom marido.

Deus deveria punir essas pessoas que ficam incomodado seus santos com assuntos tão banais. Todo mundo está surtando com o fato de eu estar solteira, mas ninguém lembra de me perguntar como eu estou me sentindo com isso. Eu, aliás, pretendo permanecer nesse estado civil por um longo e duradouro período. Que mania chata é essa que as pessoas têm de achar que mulher não pode ficar sozinha e que tem que arrumar marido cedo. É como se a gente já viesse com prazo de validade.

Outra coisa que me irrita é esse papinho de encontrar O grande amor. Já namorei tanto nesta vida e cada um deles foram meus GRANDES AMORES. Cada um na sua época e cada um com seu motivo. Nenhum foi mais nem menos importante que o outro. De todos eles eu aprendi alguma coisa e virei quem eu sou hoje. Inclusive foi graças a todas as minhas histórias fracassadas (?) de amor que descobri a importância de ser feliz comigo mesma, de me bastar. De que adianta estar com alguém e não se sentir feliz e completa? Já fui do tipo que tinha pavor de ficar sozinha (e por isso mesmo emendava um namoro no outro), mas de um tempo para cá eu descobri que a Duda é uma excelente companhia para a Maria Eduarda (entenderam?). Acho que todo mundo deveria ter essa experiência de se conhecer sozinha, porque dessa forma fica muito mais fácil se relacionar com qualquer pessoa (pai, chefe, amigos, amores). Não existe nada melhor que (re)conhecer seus próprios defeitos (e qualidades) para ter uma boa vida em sociedade.

Cansei de namorar por namorar, e não quero casar por casar. Quando (e se) eu casar, espero que seja para sempre (sim, eu acredito nesse clichê). Mas eu não quero fazer disso a coisa mais importante da minha vida. Nem muito menos quero colocar casar na minha lista de coisas para fazer antes dos 30. Além do mais, eu tenho um coração em processo de recuperação. Melhor deixar as feridas cicatrizarem primeiro. Não sou do tipo que desiste de andar de bicicleta só porque caí, mas não encaro uma pedalada com a perna engessada.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Antes dos 30 será que é mesmo necessário...Casar e ter filhos?

Quando foi exatamente que definiram que todas as coisas que a sociedade acredita ser importantes na vida de uma mulher devem acontecer antes dos 30 anos de idade? Casar, ter filhos, ter um puta emprego...

Senhor, e quem não quer nada disso? Quem quer viajar, paquerar, errar, viver... No auge dos meus 20 e muitos anos eu tenho que admitir que me sinto uma grande adolescente que viu seu mundo se abrir na maravilhosa realidade de uma pessoa independente.

Eu quero sim um bom emprego, mas para que ele sustente minha vontade de conhecer um novo lugar no mundo todo ano. E quanto a marido e filhos... Desculpa ai, mas meu maior pesadelo é criança chorando, fralda suja e marido reclamando que não acha a gravata. Afinal, qual é a lei que diz que toda mulher deve se comprometer e procriar?

Claro que às vezes eu sinto falta de uns cafunés, mas não precisa ser exatamente de um marido, né? Pode ser de uma pessoa legal, companheira que compartilhe os mesmos sonhos que eu. Será que tem algo errado comigo porque eu tenho quase 30 anos e não sonho com nada disso?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Confissão pelo celular...Fazer ou não fazer? Eis a questão.

Eu sempre disse que o mundo está perdido. Pelo visto a Igreja Católica resolveu ajudar a salvar a nós, pobres ovelhas desgarradas do século XXI, com um aplicativo que permite confissão por celular. Mas atenção. Só os filhos pródigos chiques, possuidores de Iphone poderão receber a salvação virtual. Eu particularmente me senti excluída, já que não tenho um Iphone. Fiquei triste e cheguei a achar que estava garantindo um pouco mais minha entrada no inferno por cometer o pecado capital da inveja.

Tudo bem que a idéia não é substituir a confissão tradicional e sim incentivá-la, tipo um momento de reflexão. Mas na boa, acho que o tiro vai sair pela culatra. Se eu tenho a opção de não morrer de vergonha na frente de um padre, eu ficarei com ela mesmo que me digam que só isso não é suficiente. E por mais que eu saiba que estou pecando, e muito, nesse momento, eu admito que sempre fico com um pé atras se o padre não vai sair por ai fofocando meus deslizes católicos.

O “Confissão” está à venda desde a semana passada na Applestore, por US$ 1,99 (R$ 3,32) e além de dar ao usuário dicas e orientações sobre o ato da confissão o programinha ainda permite que o fiel mantenha um registro de seus pecados. Pensando por esse lado, até que é bom ainda não poder usar o app. Tenho até medo das coisas que ficariam gravadas após um fim de semana de muita cachaça, afinal de contas o álcool faz acontecer pecados em noites de festa. E você, se confessaria por um aplicativo de celular?

Eu, enquanto não posso me confessar por celular, transformo neste momento o blog em um confessionário virtual e publico uma lista de 30 confissões a meu respeito. É bom que quem curte o blog vai poder me conhecer um pouco mais.

1. Eu sou temente a Deus, mas esse Papa novo não me passa muita confiança.
2. Minha mãe me tira do sério, mas eu não vivo sem os conselhos dela.
3. Meu pai às vezes exige mais de mim do que eu sou capaz de aguentar e por mais que eu já tenha quase 30 anos ele ainda se acha dono do meu nariz. Mesmo assim, eu agradeço todo dia por Deus ter colocado pelo menos um homem no mundo capaz de me por nos eixos quando é necessário.
4. Eu sofro de carência crônica.
5. Eu tenho medo de escuro e de solidão.
6. Eu sou consumista compulsiva
7. Eu desconto minha ansiedade em compras, muitas vezes inúteis.
8. Shoes are my bestfriends, not diamonds.
9. Em épocas de TPM, só o chocolate me acalma.
10. Eu banco a boa moça no mundo cotidiano, mas com quem tenho intimidade falo as maiores sacanagens do mundo. Isso não significa que eu seja sonsa.
11. Joguinhos só são legais em tabuleiros e videogames, quer me conquistar vá direto ao ponto.
12. Paqueras virtuais não me conquistam.
13. Convites para sair feitos por torpedos de celular tiram 80% do meu tesão pra me produzir e seduzir.
14. Cinema é pra ver filme, encostar a cabeça no colo (aquele do peito) e receber cafuné. Não sou mais nenhuma adolescente que precisa desse tipo de escurinho pra se agarrar.
15. Eu gosto de ligações inesperadas e inusitadas na madrugada.
16. Nada me desestressa mais que um beijo bem dado.
17. Eu gosto de falar e ler sobre sexo.
18. Eu gosto de sexo com paixão, o que não é o mesmo que sexo estando apaixonada.
19. Eu gosto de homens com barba.
20. Eu gosto dos nerds, além de inteligentes e divertidos eles ainda são melhores de cama que os saradões e mauricinhos.
21. Eu já sei de muita coisa que gosto na hora sexo, mas sempre estarei aberta a descobrir novas.
22. Eu não gosto de ficar de chamego depois do sexo.
23. Eu nunca estou segura de que quero terminar um relacionamento, mas na dúvida eu sempre opto pelo fim.
24. Minha capacidade de me desapaixonar por um cara é proporcional à facilidade pela qual me apaixonei.
25. Eu gosto de homens, mas admiro e acho muito sensual uma mulher inteligente, sedutora e poderosa.
26. Eu perdôo, mas não esqueço.
27. Eu digo coisas que machucam, mesmo sem querer, sempre que me vejo ficando presa a um relacionamento.
28. Eu posso estar sofrendo de amor, mas vou ficar com outros caras mesmo assim se estiver solteira.
29. Eu vou fazer exatamente aquilo que meu ex me pedir pra não fazer.
30. Eu não perco meu tempo sofrendo porque algumas pessoas não gostam de mim.





Leia outras coisas que não tive tempo de falar aqui.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As cartas que eu não mando II.

Quem precisa de rivalidades como a dos Montecchios e Capuletos quando não se tem coragem de viver o inesperado? Quem precisa de rivalidades como a dos Montecchios e Capuletos quando não se consegue dizer aos quatro ventos EU AMO VOCÊ?

Ah os homens-porta!

Os seres humanos são realmente inacreditáveis. Eu trabalho no RH de uma empresa de comunicação e como 2011 foi um ano de mudança de governo, a direção da empresa solicitou “encarecidamente” que ninguém tirasse férias, nem recesso, no fim de ano para não prejudicar a cobertura da posse da primeira presidente do país. Entendido o recado, os jornalistas daqui, que não são bestas nem nada, começaram a se programar para tirar suas férias juntando com o carnaval e a semana santa. Pobre do patrão que achou que ia se safar numa boa dessa de deixar todo mundo trabalhando na virada do ano.

Pois bem, na semana passada contrataram uma menina nova para o setor de passagens. Sabe como é, de vez em quando os jornalistas precisam viajar para cobrir os bafafás que acontecem fora do Distrito Federal, e alguém tem que correr atrás das passagens mais baratas, dos horários mais impróprios e dos hotéis mais fuleras. A criatura, vendo essa movimentação toda de revezamento pra recesso e férias resolveu falar diretamente com seu superior para saber quando chegaria a vez dela escolher que recesso ela tiraria junto com as férias. Inacreditável não? Eu estava feliz vendo as fofocas na internet quando começou a gritaria na sala ao lado. A menina ficou indignada ao descobrir que ela iria folgar apenas nos dias previstos de feriado. Queria de toda forma direitos iguais. Resultado: perdeu o emprego. Nunca na minha vida eu tinha visto uma carteira de trabalho com tão pouco tempo de assinada.

Existem pessoas que não tem a menos noção do que é ser adulto né? Ou tem, e fogem disso.  Crescer é bom, ser independente é ótimo, agüentar patrão é uma merda. Mas se a gente não passa por isso, é como se não vivêssemos. E pra dizer bem a verdade, não tem nada melhor que juntar a peãozada num happy hour e falar tudo aquilo que odiamos no chefão né? A raiva pelo patrão une o proletariado, faz surgir romances, paixões, erros...Faz a vida andar.

Quando decidir sair de casa, eu sabia que não seria fácil. Mas não tem pindaíba no fim do mês que me faça desistir da minha liberdade de ir e vir. De errar e acertar. De querer e desistir. A partir do momento em que você paga as suas contas você vira também dono do seu nariz. Não entendo, sinceramente como tem gente com vinte e poucos anos que tem orgulho de viver de mesada do pai. Por favor. Tem coisa pior que o cara pagar o motel com o cartão da mãe? Dá uma vergonha quase broxante né? Outro dia resolvi largar meu ódio temporário dos homens e aceitei sair com um carinha assim. Gatinho, gente boa, mas desisti quando perguntei o que ele achava da confusão toda do Mubarak e ele me disse que ainda não tinha decorado o nome de todos os participantes do Big Brother Brasil. Quase digo a ele que colocasse “criar cérebro” como item número um da lista de coisas para fazer antes dos 30. Decepcionante, mas a vida é feita de tentativa e erro. Um dia eu grito bingo.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vá “a” ou “para”, você escolhe, mas vá!

Chega. Enough is enough. Desisto oficialmente de tentar compreender, conviver e amar os homens. Essa é a declaração oficial de uma Maria que cansou de ter a estranha mania de ter fé na vida. Ok, na vida não porque que amo viver, mas nos homens sim. Não tenho mais fé, esperança, confiança e não dou mais nem um pingo de credibilidade a esses seres humanos dotados de grandes doses de testosterona e uma infinita capacidade de ficar em cima do muro.

Não agüento mais homens que sentem ciúmes e não assumem, que amam e negam, que querem e disfarçam. Cansei de entrelinhas. Pior, estou farta de ser empurrada para outros homens em joguinhos de cena que não servem para outra coisa além de testar minha paciência.

Sim, sim, sim, eu estou falando tudo isso graças aos acontecimentos dessa semana, que vale salientar, está apenas pela metade. O Caio apareceu na cidade de maneira completamente inesperada e saímos para colocar pingos nos “is” e pontos finais na nossa história. Já é suficientemente difícil sair para encontrar o amor da sua vida sabendo que serão apenas por alguns minutos. Imagina se arrumar lindamente para terminar o que de fato nem existe. E não existe por escolha completamente consciente de ambos.

O Caio não mora em Brasília e eu já passei da minha fase de adolescente apaixonada que acredita em lindas histórias de amor à distância. Que me perdoem as donzelas, mas eu tenho uma necessidade de beijar na boca quase tão vital como respirar e não prometerei fidelidade a alguém que está ao meu lado apenas quando bem lhe convém. Nós nos conhecemos nos bares da vida graças aos amigos engraçadinhos que insistem em me tirar da solterez, ignorando completamente que essa é uma opção minha. O resultado desse encontro é que eu resolvi brincar com fogo e me queimei. Eu já contei que tenho o incrível dom de f*** com tudo que seja relacionado a amor. Por que alguém imaginaria que com o Caio seria diferente?

Nossa conversa foi até pacífica, mas ele estava muito mordido com a nossa despedida no final do ano passado quando eu disse a ele que nossa história ficaria morta e enterrada em 2010. Com arzinho irônico ele simplesmente me negou um beijo dando essa ladainha como desculpa. Foi exatamente ai que tudo desandou. Ego ferido não é comigo. Eu realmente pretendia deixar o Caio em 2010 e seguir uma vida razoavelmente normal. Por mais biscate que eu pareça às vezes, é doloroso fingir que não ligo para o que ele está fazendo, que o que quero dele são apenas alguns beijos e um bom sexo de vez em quando. É lógico que eu gostaria de ter muito mais que isso, mas eu não estou nem um pouco disposta a encarar as dores de cabeça que um relacionamento traz, principalmente um a distância. Mas eu também não esperava poder revê-lo tão cedo e já que estávamos ali, por que não matar a vontade comum aos dois? Só sei que no meio da lenga-lenga dele nos beijamos não uma, mas várias vezes e eu sai desse encontro com uma serenidade assustadora. Não chorei, não amaldiçoei futuras gerações nem próximas namoradas. Sai com a sensação de que "valeu, foi bom, adeus". Tudo na vida tem um fim e esse foi o nosso.

Quer dizer, eu achava que esse tinha sido o nosso fim até as redes sociais me provarem o contrário. Elas são legais, mas tem horas que complicam nossas vidas. O Caio viu que o Felipe, amigo dele, me adicionou no Facebook e decidiu fingir que éramos best friends for ever e agir de cúpido. Palhaçada tem limite e me jogar pra cima do amigo dele é motivo de juras de ódio eterno. Ficar provocando dizendo que o indivíduo é um partidão e usar frases que destacam o quão amigo os dois são então...O pior é ele ainda fazer piadinhas sobre as decisões que eu tomo na minha vida e me alertar para pensar bem pois tenho o dom de fazer cagada. Acho que essa foi a gota d'água. Se eu tenho PHD em fazer merda o Caio se mostrou um grandessíssimo súdito e um brilhante aprendiz, daqueles que superam o próprio mestre. Eu até achava que entre nós haviam reticências, mas depois de bloqueá-lo em msn, gtalk e excluir todas as formas de contato virtual que tínhamos pode-se dizer que foi ao ar o episódio final da nossa série comicô-romântica.

Antes dos 30 será que é mesmo necessário...Comprar um vibrador?

Desde que eu vi De pernas pro ar tenho ficado curiosa sobre os brinquedinhos para adultos. Depois de ver o Malvino Salvador, divo da minha vida, ganhar um egg por sua participação em Amor e Sexoontem, digamos que resolvi dar uma lida sobre o tema. 

Eu tenho quase 30 anos e nunca usei nenhum desses apetrechos. Será que sou só eu, ou uma boa parcela de quase balzaquianas? Claro que eu já fui em sexy-shop, mas nunca comprei nada lá para uso próprio, apenas para dar de “presente de sacanagem” para alguém.

Não paro de pensar se usar esses brinquedinhos é mais uma das coisas que terei que acrescentar na minha lista de coisas para fazer antes dos 30. Será que é? Não ficaria uma coisa meio artificial? Como se cria um clima para apresentar vibradores, dildos e tals para o seu companheiro? A mulherada curte mesmo ir numa Toys ‘R Us for Growing Up Persons comprar objetos que vão além de gel e creminhos? Alguém ai me dá uma luz?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um grande viva para as mulheres que têm pneuzinhos!

Parei um tempinho para dar uma olhada nas notícias do São Paulo Fashion Week e eis que me deparo com a seguinte tuitada do sitechic “Gloria achou Paris Hilton um pouco acima do peso, o que você acha? http://bit.ly/faa3Qe”. Quem entra pra ler a notícia vai ver que a Glorinha Kalil não falou exatamente que a Paris estava acima do peso, ela “apenas” destacou que a moça havia engordado 4 quilinhos. 

É revoltante ler, nos dias de hoje, esse tipo de comentário. A Paris ganhou peso sim, mas ela não está nem um pouco fora de forma, muito pelo contrário, ela está inclusive mais bonita depois de abandonar aquele visual de Barbie anorexa.

Eu não sou nem um pouco fã da patricinha loira herdeira dos Hilton, mas esse tipo de destaque que uma das mais renomadas consultoras de moda do Brasil fez sobre o engordar da Paris chama a atenção, pelo menos a minha, de que apesar das várias matérias e estudos divulgados sobre casos de anorexia no mundo inteiro o estereótipo esquelético ainda é super-valorizado, principalmente em eventos como o #SPFW.

Pior de tudo é ver uma BRASILEIRA conivente com esse tipo de coisa. Nós brasileiras, graças ao meu bom Deus, fomos providas de curvas, e muitas, carnes, bundas e atualmente silicones. E é justamente esse tipo de corpo que nos torna tão especiais. Não acredito que homens realmente gostem que esqueléticas. Sou fiel seguidora de que “quem gosta de homem é cachorro”. Precisamos levantar a bandeira do corpo imperfeito que na verdade é muito mais sedutor.

Tô cansada de ver nossas mulheres morrendo de fome tendo o que comer em busca daquilo que alguém, um dia, disse que era o ideal. Eu amo as minhas celulites, minhas estrias e minhas gordurinhas que insistem em aparecer por cima do cóis da calça jeans. Toda elas mostram que eu sou humana e que tive deliciosos momentos de prazer degustando as maravilhas da culinária do mundo. Chega de abrir mão de bolos de chocolate, pipocas com manteiga no cinema, cervejinha no fim de semana. Eu não quero agradar ninguém além de mim. Vamos ser felizes mulherada. Esse papo de se privar não ta com nada.





Leia outras coisas que não tive tempo de falar aqui.