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terça-feira, 22 de março de 2011

Um filme e muitas lágrimas



Ontem sai com o Bruno, aquele gatinho da minha época de escola. Eu realmente adoraria estar aqui hoje dizendo que resisti bravamente à todas as investidas dele e que dei um fora na minha paixão de adolescência. Mas não foi bem assim. Eu não fiquei com o Bruno. Mas também não se pode dizer que eu dispensei o cara. Na verdade o Caio atrapalhou tudo mais uma vez.

A noite começou bem. Saímos para jantar antes do cinema. Demos muitas risadas. Ele fez brincadeirinhas a respeito do blog e do twitter (sim, ele lê isso tudo aqui). Disse que eles seriam muito melhores se eu não falasse tanto no Caio (será?). Relembramos os tempos de escola. Planejamos um reencontro de ex-alunos. Descobri que ele continua o mesmo da minha época de 12 anos. Não amadureceu quase nada (o que foi meio brochante), mas eu estava me divertindo e tudo o que eu mais queria ontem era dar sorrir.

Então, apesar de estar acompanhada de um carinha super bobo (desculpa Bruno!), eu estava numa noite ótima. Até que o filme começou. Pelas cenas do trailer, eu já sabia que me identificaria com “sexo sem compromisso”, mas nunca imaginei que seria tanto. Me via em cada dialogo de Emma e Adam. Uma hora eu era ela, noutra eu era ele. O filme é uma comédia romântica óbvia que arranca algumas boas risadas do público, mas eu, EUZINHA AQUI, tinha lágrimas escorrendo no meu rosto como se estivesse assistindo a cena final de Casa Blanca, ou a morte do cachorrinho Marley.

Na hora de ir embora o Bruno não falou nada. Ele pode ser bobo, mas não é burro. Sabia muito bem o que tinha acontecido. Me deixou em casa e carinhosamente me deu um beijo na testa e disse “isso tudo vai passar um dia”. Sinceramente, espero que ele esteja certo.

Cheguei em casa, me tranquei no banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água cair. Aos poucos fui deslizando pela parede até sentar no chão. Não suportei o peso das lágrimas que saiam dos meus olhos sem dó nem piedade. Queria arrancar meu coração. Queria pegar o primeiro avião e ir ao encontro daquele que acabou com a minha capacidade de viver. Queria espancá-lo, beijá-lo, amá-lo. Mas a única coisa que fiz foi escrever mais uma carta que não mandarei

Quantos encontros mais eu destruirei por tê-lo em minha memória? Pobre dos homens que pensam que vão poder mudar o rumo dos meus pensamentos. 

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