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sexta-feira, 11 de março de 2011

Quando meu lado Maria sai de mim

O Caio me desestrutura, me conserta e desconserta em questão de segundos. Não sei se é vício, paixão, amor, tesão, ódio...Ou se é tudo isso junto. A única coisa que sei é que não resisti. Não teve reza, meditação, twitter, força de vontade que desse jeito. Na hora que inalei o perfume dele eu me embriaguei. Acho que os ferormônios dele são drogas poderosas, piores que boa noite Cinderela. Desligam tudo que faz de mim uma pessoa racional...Deixo de ser eu.

Tentei milhões de desculpas para justificar meu deslize na noite passada. Pensei na lua cheia, mas ela ainda estava crescente. Ameacei acusar Santo Antônio, que poderia estar se vingando de Dona Maria, minha mãe. Cogitei até dizer que foi a ausência de chocolate no sacrifício de quaresma. Mas no fundo, nem eu mesma acreditaria em mim.

Foi fraqueza sim, misturada com saudade, com carência, com medo, com vontade. Quando ele me abraçou e me aconchegou delicadamente em seu peito o tempo parou. Éramos eu, ele e a nossa respiração. Esse silêncio poderia ter durado para sempre, mas os rostos deslizaram, os olfatos se acenderam, os corpos se aqueceram. Não queria mais ser Maria, queria ser apenas a mulher desejada que via nos olhos dele. E fui.

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