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quinta-feira, 17 de março de 2011

Os riscos que se corre ao transformar sua vida num reality virtual

Quando eu comecei meu blog foi uma grande brincadeira. Minhas amigas sempre me sacaneavam dizendo que eu era PhD em fazer merda, mestra em fazer as escolhas erradas e um imã para atrair situações bizarras. Todo mundo dizia que eu era um consolo para qualquer mulher, já que a minha situação amorosa sempre estaria pior, ou absurdamente inacreditável. Daí nasceu o blog. Uma forma de mostrar que, em se tratando de amor, não importa se está ruim ou bom. Tem que se viver para ter o que contar. Pelo menos é assim que levo minha vida.

Aos poucos comecei a tuittar e virei uma viciada assumida, o que acabou dando mais projeção ao blog (o que eu adoro), e pessoas que nunca imaginei acompanham meu diário virtual. Como, por exemplo, o Bruno, que acabou de me mandar uma mensagem dizendo “Se você esquecesse o Caio e me desse uma chance não precisaria visitar esses lugares na hora do almoço”. Lógico que eles estava falando do tweet que dei hoje.

Fiquei pálida, gelada. Tudo bem que várias pessoas seguem meu twitter. Só que o Bruno faz parte de uma época da minha vida na qual eu não era nem Duda, nem Rich. Quase sempre fui Maria. Minha mãe sempre odiou que nos chamassem por apelidos como Duda, Cissa, Mafê. Ela dizia que nos éramos as Marias dela e que tinha escolhido nossos nomes com muito amor para serem reduzidos a duas sílabas.

Para piorar Richestein não é um sobrenome fácil. Até minha adolescência fui alvo de milhões de piadinhas do tipo Maria Xenhenhem, Maria Sem Ninguém e afins. Na verdade o Rich só nasceu com o twitter, porque não cabia meu nome todo. Como depois dos 15 anos e, principalmente na faculdade, muita gente já me chamava de Duda, virei Duda Rich no universo tuitteiro, mas até hoje muitos amigos das antigas só me chamam de Maria com medo da Dona Maria das Dores (ela brigava mesmo).

Nunca poderia imaginar que alguém que nunca me chamou de Duda fosse encontrar meu twitter. Tudo bem que quem digitar Richestein no twitter só encontrará eu e minha irmã. Mas como uma pessoa que estudou na mesma escola que eu há 13 anos atrás lembraria como se escreve esse sobrenome? Ele nem era da minha sala. O Bruno nem me olhava, mesmo que eu me fantasiasse de urso polar e aparecesse na frente dele.

Agora estou neurótica. Será que o Caio também lê isso aqui? Eu sei que ele acha que essas coisas de blog e twitter são ridículas e para quem não tem o que fazer. Mas vai que, né?! Enfim. Acredito que ele não leia isso aqui, nem futrique meu twitter. Esse é o tipo de coisa que ele não faria. Se ele tivesse descoberto, já teria me matado. Assim espero. De qualquer forma, isso tudo faz parte dos riscos que se corre ao transformar sua vida num reality virtual Pensei em abandonar isso aqui. Mas vô não, quero não, posso não, meu vício não deixa não.

Um comentário:

  1. Eu sei bem como é isso, comecei meu blog de brincadeira tb, pra contar meus casos interminaveis, mas nao pensei que toda minha familia, a familia dos meus amigos fossem acompanhar tb, um dia contei uma historia de uma amiga, um trem de la de quando a gente tinha 16 anos, ela me ligou na hora que postei, dizendo que o pai dela lia o blog, depois disso fiquei limitada, meu ex namorado tb começou a ler e outro dia o atual ex peguete..descobriu. Já pensei em ate fazer um outro anonimo, mas gosto tanto deste que desisti, mas agora sempre me policio pra na escrever merda...rsrs
    Adorei seu blog vou te link! bjus

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