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quarta-feira, 9 de março de 2011

Resoluções tardias de ano novo

Carnaval acabou. 2011 oficialmente começou. Minha vida mudou. Rimas a parte e dramalhões de lado, sinto que tudo realmente está prestes a mudar.
Para começar minha irmã Cissa finalmente separou-se de Rodolfo e vai morar comigo. O casamento já estava em crise há um tempo e depois que ele se inscreveu num campeonato de playstation no meio do carnaval, minha irmã surtou, fez as malas e se mandou para Salvador. Não preciso nem dizer que isso foi mais que um ponto final.

Depois de um ano fora da casa de papai e mamãe voltarei a dividir meu teto com outra pessoa. Tudo bem que eu já vivi com minha irmã, mas agora é diferente, vamos compartilhar responsabilidades e dívidas. Terei que (re)adaptar minha rotina e minha geladeira não poderá conter apenas leite e tequila. Mas acho que vai ser bem legal.

Quanto ao meu coração, decidi não pensar mais no Caio. Será meu sacrifício de quaresma. Passei um carnaval alcoolizada e na fossa só pensando nele que, de forma tão cruel, me mandou mensagem só para dizer que ia sonhar comigo no meio do Monobloco. Acho que deve ser uma técnica moderna de tortura enviar SMS para iludir alguém. Ainda bem que tenho amigos que na mesma hora jogaram um balde de realidade na minha faísca de fantasia amorosa e disseram que o Caio deveria estar bêbado e provavelmente tinha acabado de ganhar um fora de alguém e por isso lembrou de mim.

Tudo bem que me senti a mulher mais fácil do mundo. Como assim o cara leva um fora e lembra de mim? Será que eu sou a única que estou à disposição dele? Será que ele só não foi onde eu estava porque existiam vários quilômetros de distância nos separando? Será que se ele tivesse aparecido na minha frente eu teria largado quem tava comigo só para me render aos beijos e amassos dele? Ter crise existencial e de insegurança depois dos 25 é muito mais complicado do que quando somos adolescentes. Acabamos nos sentindo não apenas burras como também infantis. Mas serve para dar uma chacoalhada.

Este ano adotarei o mantra “EU NÃO VOU FAZER MERDA” e pararei de ficar com carinhas só para afogar as mágoas e tentar esquecer a dor de cotovelo. Eu sei que é clichê, mas eu realmente não quero fazer com os outros o que não gosto que façam comigo. Vou aproveitar a quarta-feira para transformar meu coração em cinzas e torcer para que ele seja como fênix. Quem sabe um dia ele renasce, com força total, curado e pronto para amar de novo. Acho que tudo isso são resoluções tardias de ano novo, mas nunca é tarde para tentar recomeçar a viver.


You get more when you leave behind

Some of the things you don´t really need




2 comentários:

  1. Talvez um mantra mais adequado (para nós dois, diga-se) seja Só faço as "merdas" que eu quero/preciso!

    Boa sorte com a nova companheira de teto. É sempre bom ter alguém novo na sala.
    :D

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  2. Viva! Viva da forma e maneira que vc melhor desejar e puder. Viva intensamente, pois do vida, se leva a vida que se viveu.

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