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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vá “a” ou “para”, você escolhe, mas vá!

Chega. Enough is enough. Desisto oficialmente de tentar compreender, conviver e amar os homens. Essa é a declaração oficial de uma Maria que cansou de ter a estranha mania de ter fé na vida. Ok, na vida não porque que amo viver, mas nos homens sim. Não tenho mais fé, esperança, confiança e não dou mais nem um pingo de credibilidade a esses seres humanos dotados de grandes doses de testosterona e uma infinita capacidade de ficar em cima do muro.

Não agüento mais homens que sentem ciúmes e não assumem, que amam e negam, que querem e disfarçam. Cansei de entrelinhas. Pior, estou farta de ser empurrada para outros homens em joguinhos de cena que não servem para outra coisa além de testar minha paciência.

Sim, sim, sim, eu estou falando tudo isso graças aos acontecimentos dessa semana, que vale salientar, está apenas pela metade. O Caio apareceu na cidade de maneira completamente inesperada e saímos para colocar pingos nos “is” e pontos finais na nossa história. Já é suficientemente difícil sair para encontrar o amor da sua vida sabendo que serão apenas por alguns minutos. Imagina se arrumar lindamente para terminar o que de fato nem existe. E não existe por escolha completamente consciente de ambos.

O Caio não mora em Brasília e eu já passei da minha fase de adolescente apaixonada que acredita em lindas histórias de amor à distância. Que me perdoem as donzelas, mas eu tenho uma necessidade de beijar na boca quase tão vital como respirar e não prometerei fidelidade a alguém que está ao meu lado apenas quando bem lhe convém. Nós nos conhecemos nos bares da vida graças aos amigos engraçadinhos que insistem em me tirar da solterez, ignorando completamente que essa é uma opção minha. O resultado desse encontro é que eu resolvi brincar com fogo e me queimei. Eu já contei que tenho o incrível dom de f*** com tudo que seja relacionado a amor. Por que alguém imaginaria que com o Caio seria diferente?

Nossa conversa foi até pacífica, mas ele estava muito mordido com a nossa despedida no final do ano passado quando eu disse a ele que nossa história ficaria morta e enterrada em 2010. Com arzinho irônico ele simplesmente me negou um beijo dando essa ladainha como desculpa. Foi exatamente ai que tudo desandou. Ego ferido não é comigo. Eu realmente pretendia deixar o Caio em 2010 e seguir uma vida razoavelmente normal. Por mais biscate que eu pareça às vezes, é doloroso fingir que não ligo para o que ele está fazendo, que o que quero dele são apenas alguns beijos e um bom sexo de vez em quando. É lógico que eu gostaria de ter muito mais que isso, mas eu não estou nem um pouco disposta a encarar as dores de cabeça que um relacionamento traz, principalmente um a distância. Mas eu também não esperava poder revê-lo tão cedo e já que estávamos ali, por que não matar a vontade comum aos dois? Só sei que no meio da lenga-lenga dele nos beijamos não uma, mas várias vezes e eu sai desse encontro com uma serenidade assustadora. Não chorei, não amaldiçoei futuras gerações nem próximas namoradas. Sai com a sensação de que "valeu, foi bom, adeus". Tudo na vida tem um fim e esse foi o nosso.

Quer dizer, eu achava que esse tinha sido o nosso fim até as redes sociais me provarem o contrário. Elas são legais, mas tem horas que complicam nossas vidas. O Caio viu que o Felipe, amigo dele, me adicionou no Facebook e decidiu fingir que éramos best friends for ever e agir de cúpido. Palhaçada tem limite e me jogar pra cima do amigo dele é motivo de juras de ódio eterno. Ficar provocando dizendo que o indivíduo é um partidão e usar frases que destacam o quão amigo os dois são então...O pior é ele ainda fazer piadinhas sobre as decisões que eu tomo na minha vida e me alertar para pensar bem pois tenho o dom de fazer cagada. Acho que essa foi a gota d'água. Se eu tenho PHD em fazer merda o Caio se mostrou um grandessíssimo súdito e um brilhante aprendiz, daqueles que superam o próprio mestre. Eu até achava que entre nós haviam reticências, mas depois de bloqueá-lo em msn, gtalk e excluir todas as formas de contato virtual que tínhamos pode-se dizer que foi ao ar o episódio final da nossa série comicô-romântica.

2 comentários:

  1. O final dessa história com o Caio me lembrou aquela música brega, generalizando todo e qualquer fim de romance, no meio virtual:

    "Vou te deletar, te excluir do meu orkut. Vou te bloquear no msn. Não me mande mais scraps, nem e-mails, powerpoint. Me exclua também, e adicione ela(e)."

    As redes sociais dificultam o nosso espírito invisível quando se é preciso.

    Beijos!

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  2. Já que pode escolher, mande 'para', mais garantido.

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