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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Gravidez e autoajuda

Tá todo mundo ficando grávida. Daniele Suzuki está grávida, Priscila Fantin também. Até a Solange Couto, que tem 54 anos, está grávida. No trabalho está todo mundo embuxando também. Já até parei de beber a água daqui porque vai que é alguma coisa que colocaram nela. Tô trazendo garrafinha de casa por via das dúvidas.

A mais nova grávida do pedaço é a Rosa e ela é aquele tipo de mulher que acha que tudo na vida deveria vir com manual de instrução, inclusive bebês. Com menos de 24 horas de confirmação da maternidade Rosa comprou um livro que se chama “A encantadora de bebês”. Juro que a primeira coisa que imaginei foi uma mulher tocando uma flautinha e uns bebezinhos saindo do berço balançando a cabecinha (cena de encantador de cobras mesmo).

Eu acho muito engraçado esses livros que ensinam a lidar com bebês, chefes, homens, mulheres... Sempre me pergunto se ou autores dos mesmos são tão bem sucedidos assim nessas relações. Quem me dera lidar com seres humanos fosse algo tão simples que desse para criar uma fórmula.

Sou super preconceituosa mesmo com esse lance de autoajuda literária. Para mim, esses (as) caras só escrevem coisas óbvias, que todo mundo sabe que deveria fazer, mas não faz por “n” motivos que fogem a nossa vã filosofia. Eu não sei o que é pior, escrever ou comprar um livro desses. 

Para piorar, outro dia minha mãe me deu três, isso mesmo TRÊS livrinhos desses. “Para viver um amor de verdade - Como tornar seu relacionamento mais profundo e apaixonado”, “Deixe os homens aos seus pés”, e um “Manual para não morrer de amor - saiba como evitar os erros que podem arruinar seu relacionamento”. Eu não consigo acreditar que minha mãe realmente acredite que eu preciso ler esse tipo de coisa. Tudo bem, talvez eu precise dar uma folhada no último, porque né, tem um Caio na minha vida e eu sou o que podemos chamar de moribunda de amor.

Mais tenso ainda foi descobrir que ela comprou um para ela também. “Como levar um homem à loucura na cama”. Pânico total imaginar meus pais transando. Só eu não gosto de ter essa visão na minha mente? Prefiro pensar que a cegonha realmente me deixou em um pé de alface. Sei lá. Às vezes acho que sou tão careta para certas coisas. Esse negócio de sexo mesmo. Falo tanta sacanagem no twitter, mas esse assunto ainda é tão tabu quando diz respeito a certas pessoas como, por exemplo, meus familiares. Acho que me sentirei super mal se minha irmã trouxer um homem para casa. Meio esquisito saber que ela estará dando umazinha no quarto ao lado.

Apesar disso tudo, se uma das minhas irmãs aparecerem grávidas eu ficarei super feliz de ser titia e não me importarei nem um pouco de saber que meu sobrinho, ou sobrinha, é fruto de uma noite de muita tequila e sexo sem camisinha. Alias, só assim para engravidar. A água que a gente bebe não tem nada com isso. Acho que vou parar com essa minha neurose. 

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