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terça-feira, 12 de abril de 2011

Que mané bullying

Eu não aguento mais ouvir falar sobre bullying. Nem muito menos ver um crime, como o da escola de Realengo, servir de pauta para a mídia entrevistar especialistas na mente humana que insistem em usar o tal do bullying como justificativa para a atitude dos criminosos. Para começar bandido não merece ibope. E, que me desculpem os psicólogos, psiquiatras e afins, mas para mim isso tudo não passa de balela.

Esse tal de bullying existe há mais tempo do que se pode imaginar. Quem da minha geração não cresceu vendo a Maria Joaquina menosprezando o Cirilo porque ele era pobre e negro? Ou as brincadeirinhas com a Laurinha, que era gordinha e puxa saco da professora Helena? Quem da minha geração não deu risadas com o bullying sofrido pelo Chaves, Nhonho, Popins e afins no programa que até hoje está no ar? A diferença é que naquela época a gente via e queria ser como as vitimas de bullying, que eram legais, divertidas, gente boa, simples, puras, honestas. Alguém nos ensinava que Marias Joaquinas eram pessoas malvadas, ruins e que agir como elas não nos levaria a lugar nenhum. Hoje alguém está ensinando que na vida temos que ser espertos e passar por cima dos outros.

Eu mesma, assim como vários amigos meus, sofri bullying,  que naquela época eram piadinhas de mau gosto e brincadeirinhas sem graça seja por causa dos nossos nomes, do nosso corpo, das nossas notas, das nossas roupas, ou sem motivo nenhum. Mas ninguém virou bandido, assassino, nem nada do tipo. Os homens mais ricos do mundo hoje sofreram bullying na sua infância e adolescência e escolheram mostrar que eram melhores do que as brincadeirinhas sofridas em vez de sair atirando por ai. Por isso não me venham com essa desculpa esfarrapada.

O que acontece na verdade é que hoje está sendo criado um exercito de crianças e adolescentes sem limites e irresponsáveis que não tem respeito por nada. Ninguém senta com as crianças para conversar sobre o que é certo e errado e ainda existe um monte de teorias que proíbem broncas e repreensões. Pronto. Criou-se a fórmula perfeita.

Que falta eu sinto da época em que os pais eram chamados na escola por que seus filhos estavam passando dos limites e quem levava a bronca era a criança que deveria respeitar os professores e os coleguinhas de classe. Hoje a distorção está tão grande que os pais processam a escola por acusarem seus “anjinhos”. E com isso eles aprendem que podem fazer o que quiser que alguém vai passar a mão na cabeça deles.

Como sinto falta do tempo em que os pais davam puxões de orelhas, beliscões, palmadas e colocavam os filhos de castigo. Quem da minha geração (e gerações anteriores) não passou por isso? E está todo mundo vivo e educado. E não era agressão, até porque existe uma diferença grande entre as duas coisas. Não estou aqui falando para os pais espancarem seus filhos. Eu só acho que uns puxões de orelhas e uma suspensão de Wii e Playstation são muito mais eficientes que levar a criança a um psicólogo porque ela bateu no coleguinha de classe. Acho muito mais eficiente os pais ensinarem aos filhos o que eles podem e não podem fazer. 

Ao invés de ficar discutindo bullying esses psicólogos podiam derrubar essas teorias modernas que colocam as crianças em uma bolha de proteção sem sentido. E os pais poderiam assumir seus papéis de educadores que põe limites nas crianças e ensinam que o mundo não gira ao redor do umbigo delas.



Um comentário:

  1. O problema é q ninguém quer assumir a responsabilidade! É muito fácil colocar a culpa nos outros... Enfim! >:(

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